Su Casa
Não sei se chegará esse dia que me tenho vindo a atrever a visualizar aos poucos, como dizem os mais esotéricos, o de voltar ao meu país chegando a casa. Poder fazê-lo, literalmente, mais cedo que tarde, é o que porventura mais ensejo. É-me, entretanto, mais que apaziguador, por entre tragédias humanas que vão aniquilando a estrutura capaz de o intentar, ou ao que quer que seja, poder aceder a momentos de intimidade e celebração colectiva da memória, como do futuro. Para além destes breves instantes valerem por si enquanto dádiva de pura alegria, é por seu meio que se reavivam também os laços indispensáveis à contínua fabricação de coragem para continuar acreditando, ainda, em nós que estamos vivos e nos que viverão depois ainda.
A passagem pelas casas dos meus amigos tem sido a promessa do lar material no que também em mim há de pátria. Concretize-se ou não a visão dessa vida outra que me estimula a existência, só nessa paz, generosidade e transparência se pode continuar a gerar esperança que vença a amargura que sempre cresce.
Aos meus amigos muito antigos
(que me perdoem aqueles a quem não cheguei desta vez)
❤️❤️
ReplyDelete