Lanternas solares
A lanterna de vidro reciclado feita na África do Sul, empacotada em Berlim depois da última performance no pátio, chegara há já mais de dois anos, um dia depois de nós, na carrinha das mudanças; tinha sido uma prenda da minha amiga que diz muitas coisas diferentes sobre coisas diversas. O livro chegou há poucas semanas à biblioteca, deixou-o aquela outra amiga que diz que brincar é uma maneira de estarmos juntos a pensar mais do que com a cabeça. Vieram de Setúbal, para onde ela voltou, no dia seguinte, no combóio das 19:26 quase 20:10 a caminho da Suíça. Uma porta que é uma relíquia original talhada com janelas inventadas entre ruínas actuais, o espelho do quarto de solteira da minha mãe - na casa de Lisboa da minha avó - agora na casa de banho, entre muitos objectos, corpos vivos, ainda, finalmente, em nossa casa. Outra vez.
Entretanto, também assim aqui acabaram por chegar. Nalguns casos depois de décadas.
O Sérgio Godinho faz 80 anos
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