Voltas
Ontem tratei de reforçar imunidade, o que sempre constituiu um acto fundador de resiliência, nomeadamente, através de uma maior exposição aos elementos e aos outros. Num momento em que tantas alternativas em mim se aglomeram, esgotando-se também, sem deixar muito espaço para que, finalmente, me possa adequar ao que é incontornável para além da capacidade ou inclinação, soube-me a rendição caminhar no frio e na penumbra de mãos dadas. Às vezes preciso disso, não de capitular, mas de regressar a um lugar comum de cuidado. Comemos e bebemos entre outras famílias, vizinhos e amigos, como manda a tradição da época neste país, na floresta como nos mercados à pinha na metrópole; comprámos as mesmas amêndoas torradas com açúcar, encontrámos o incenso regional, acariciámos os animais de quinta, fomos passando os olhos pelas várias bancas até ao final, seguros de que o alívio de nos sabermos de pé nos continuará fazendo girar. Pelo menos enquanto formos os dois entre tanto.
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